“Quem matou Gabrielle e Andrey?” É a pergunta de Celma Mota, sobre a morte da filha e do enteado assassinados em Canaã dos Carajás. Prestes a completar cinco meses do crime e até agora sem nenhuma resposta, ela acredita que não foi um roubo seguido de morte, mas um crime premeditado.
O assassinato dos irmãos ocorreu na madrugada do dia 28 de outubro de 2023. A engenheira civil Gabrielle Souza Mota, 25 anos, e o irmão, Andrey Pereira Mota, 31 anos, foram mortos a tiros no estacionamento da Feira Agropecuária de Canaã dos Carajás – ExpoCanaã, após saírem de um show.
À época, testemunhas relataram à família que dois homens, em uma moto, anunciaram um assalto e depois mataram os irmãos. Celma vê indícios de um crime premeditado. “Os criminosos esperaram eles entrarem no carro para assaltar, por que não fizeram isso enquanto caminhavam em direção ao carro?”, questiona.
Outro ponto que levanta suspeita da mãe, é que os pneus do carro estavam furados e sem a tampinha que protege para que o ar não saia. Uma amiga de Gabrielle, que estava no banco traseiro do veículo, narrou à Celma, que os assassinos chegaram armados e exigiram que fossem entregues os celulares.
Gabrielle estava sentada no banco do motorista, e deixou o celular cair dentro do veículo, ela então, pediu permissão dos assassinos para pegar o aparelho. Ligou a luz e se abaixou. Ao levantar, o criminoso colocou o revólver na nuca de Gabrielle e atirou, desferindo um segundo tiro na cabeça de Andrey, que estava sentado no banco ao lado.
Os homens não usavam máscara, estavam de “cara limpa”. Um deles permaneceu na direção da motocicleta, enquanto o outro desceu para cometer o crime. Antes de atirar, o assassino teria dito “tá achando que não vai ser nada não, que essa arma é de brinquedo? Ele atirou sem que ela tivesse nenhuma reação”, disse a mãe.
A dupla de assassinos fugiu levando os celulares de Gabrielle e Andrey, mas não roubaram o aparelho telefônico da amiga que estava no banco de trás.
Denúncia
Quem tiver informações que possam levar aos autores do crime basta ligar para o Disque-Denúncia 181. As informações podem ser repassadas anonimamente.
Por (Theíza Cristhine) Correio de Carajás