No dia 24 de abril de 2024, um crime bárbaro abalou a cidade de Natal e deixou um rastro de dor e sofrimento para a família da jovem Márcia Anália. Com apenas 23 anos, filha única, Márcia era vendedora em uma loja renomada no maior shopping da cidade, estudante de enfermagem, e uma mulher com um coração nobre, temente a Deus, que sempre sonhou em cuidar da mãe quando ela envelhecesse. Além disso, Márcia era uma amante dos animais, sendo mãe de pet de dois rottweilers que, ironicamente, se tornaram testemunhas de um trágico acontecimento.
Casada aos 19 anos com Josué Viana, a jovem vivia uma relação marcada por abuso psicológico, onde ela, na tentativa de salvar o casamento, tentava resolver tudo sozinha. Apesar das agressões que sofria, Márcia nunca compartilhou com ninguém, nem com sua mãe, Valéria Felizardo, os tormentos que passava. Porém, quando decidiu terminar o relacionamento com Josué, ele não aceitou a separação de forma pacífica. No fatídico dia de 24 de abril, enquanto Márcia dormia, Josué, em um acesso de raiva, a atacou cruelmente com 28 facadas, a maioria delas na garganta, para impedir que ela gritasse. Mesmo após quebrar uma faca no corpo de Márcia, ele continuou a agressão com outra faca. Para tornar o ato ainda mais monstruoso, soltou seus dois rottweilers na tentativa de que os cães fizessem ainda mais estragos. No entanto, os animais nada fizeram.
A tragédia foi descoberta por Valéria, mãe de Márcia, que, ao sentir falta da filha, tomou uma atitude desesperada. Ela pulou o muro da casa e foi guiada pelos cães até onde o corpo de sua filha estava jogado no chão, sem vida, coberto pelo próprio sangue. A cena foi de um terror indescritível, deixando Valéria em estado de choque. Desde então, a mãe tem vivido um sofrimento insuportável, sobrevivendo apenas na luta por justiça.
A sociedade de Natal está em peso ao lado de Valéria, clamando por justiça, e espera que o assassino de Márcia Anália, Josué Viana, seja condenado à pena máxima. O julgamento do caso está marcado para segunda-feira, 31 de março de 2025, e todos esperam que o tribunal faça justiça diante de tamanha crueldade.
Valéria, em meio ao sofrimento, faz uma pergunta que ecoa na mente de muitos: *"Josué Viana, acusou, julgou e sentenciou Anália a pena de morte. E a mim, mãe de Anália, ele me deu uma prisão perpétua. Que sentença ele merece?"*
A luta de Valéria Felizardo é a luta de todas as mulheres que enfrentam a violência doméstica e que clamam por um sistema de justiça que, de fato, faça frente à gravidade dos crimes cometidos. A sociedade, já cansada de ver agressões como essa sendo tratadas com penas mínimas, aguarda com ansiedade a decisão do tribunal.